Por Silvia Celani

A comunicação empresarial vem sofrendo um grande impacto nesta nova era onde as mídias digitais e sociais ganham adeptos e pressionam os impressos a buscar um novo posicionamento (e em muitos casos, encerrarem sua atividade). Neste universo on line, buscadores como o Google também influenciam o consumo de produtos e serviços. Afinal, quem não faz uma busca antes de contratar ou comprar algo?

Estar nas primeiras posições na busca determina o sucesso de um negócio. O reconhecimento e relacionamento no Facebook, Instagram, Linkedin tornou-se o novo cartão de negócios. E como dizia o “velho guerreiro”, quem não se comunica, se trumbica…

A produção de conteúdo relevante, com credibilidade e qualidade, mais do que nunca, passa a ser o grande diferencial para marcas e pessoas que desejam estar na mente de seus clientes, amigos, seguidores… Quem conhece e estuda sobre SEO (Search Engine Optimization), também conhecido como otimização de sites ou a maneira para aumentar os acessos na web, sabe que ao produzir textos com hyperlinks/backlinks ganha cada vez mais relevância. E quando isto tudo é trabalhado em sintonia com a estratégia do cliente, ampliando a divulgação através da mídia on line e de ações como boletins eletrônicos e outras estratégias de marketing de relacionamento, o resultado torna-se ainda mais relevante.

Este é um exemplo de um novo posicionamento da Mafer Comunicação Empresarial, a nossa vocação! A assessoria de imprensa passa a ser totalmente focada na produção de conteúdo relevante, de qualidade, que está presente nos principais veículos de comunicação, no site e em boletins com links para as páginas do cliente; de maneira mais leve e criativa nas mídias sociais…

Este caminho pode ser comprovado também através de uma matéria publicada na Folha/Wall Street Journal, no dia 05 de fevereiro de 2019, com o título “Por audiência fiel, marcas recorrem ao email”. O texto aborda a importância do conteúdo disponibilizado diretamente para o público alvo da empresa, mas que também pode ser aprofundado no Blog do site ou em matérias na mídia especializada.

Muitas empresas contratam agências para a produção de conteúdo para a mídia social e acreditam que isso basta para o relacionamento e divulgação. Mas quantas curtidas e visualizações efetivamente trazem retorno?

Veja abaixo a matéria:

Por audiência fiel, marcas recorrem ao email
Frustradas com mídias sociais, empresas interessadas em novo público recorrem ao velho correio eletrônico

Por Christopher Mims  para o The Wall Street Journal, traduzido por Paulo Migliacci

A garotada o vê como trabalhoso e arcaico, mas, para marcas, criadores de conteúdo e empresas, um método que vem se tornando a forma preferencial de atingir uma audiência é o único canal de entrega garantida que resta na internet: o email.

Os serviços de divulgação via email existem há três décadas, mas, para quem ouve seus proponentes mais entusiásticos falando sobre eles agora, é quase como se representassem um país não descoberto.

Na era do #facebook, o email se tornou uma forma de combater os algoritmos que tentam ditar o que as pessoas veem.

Diferentemente do Facebook, os assinantes recebem tudo que assinaram para receber, em ordem cronológica clara, em companhia de mensagens de amigos e parentes.

Para grandes e pequenos anunciantes, os algoritmos que acionam as mídias sociais representam um custo de negócios cada vez mais alto, em plataformas controladas pelo duopólio Google-Facebook.

O email permite que autores se conectem intimamente com os leitores, que as marcas se dirijam aos seus clientes mais leais e que startups jovens criem seus exércitos de influenciadores.

O acesso imediato dos leitores ao botão de cancelamento de assinatura é em geral vantajoso a todos.

Ele estimula os criadores de conteúdo para email a desenvolver experiências autênticas e de alta qualidade, em lugar de momentos que produzem engajamento superficial, e a criar conexões mais profundas do que aquela que mídias dominadas pela publicidade, como o Facebook.

Há sete anos, a Hiut Denim, uma fábrica de jeans com sede no País de Gales, estava à beira do colapso.

O cofundador David Hieatt —que havia vendido outra companhia têxtil ao grupo Timberland em 2006— teve a ideia de criar um boletim bem produzido para distribuição por email, com conteúdo que interessasse às pessoas quer elas comprassem as roupas da companhia, quer não.

Hoje, os emails da empresa incluem coleções bem selecionadas de artigos, vídeos, anúncios de produtos e citações que o pessoal da Hiut considera fascinantes e seleciona a cada semana.

“Se alguém me perguntasse se prefiro uma lista de email que atinge mil pessoas ou 100 mil seguidores no Twitter, eu sempre escolheria a lista de email, porque você obtém muito mais negócios dos mil emails que dos 100 mil seguidores no Twitter ou Instagram”, diz Hieatt.

A Hiut se tornou uma marca de moda sofisticada e próspera. Hieatt escreveu um livro sobre o poder que boletins distribuídos via email têm nos negócios.

O email continua a apresentar o maior retorno por dólar investido em marketing, de acordo com a Data & Marketing Association.

Enquanto o Facebook, especialmente, incomoda os anunciantes com mudanças constantes nas regras sobre como chegar aos consumidores, no caso do email, a empresa é dona de suas listas.

O que está acontecendo não é exatamente uma retomada do email —que jamais deixou de crescer tanto em escala quanto em importância—, de acordo com Sara Radicatti, presidente do Radicatti Group, empresa de pesquisa.

Ao contrário dos tuítes ou dos posts de Facebook, nenhuma empresa controla ou tem acesso a todo o email do planeta, mas estimativas do Radicatti demonstram crescimento anual firme de 4% no número de emails enviados; 2018 registrou o recorde de 281 milhões de emails ao dia.

Muitas empresas ajudam as marcas a administrar seu marketing e outras formas de comunicação via email —Adobe, IBM e Oracle estão entre as maiores—, mas mesmo as empresa menores especializadas em emails lidam com volumes espantosos.

A SendGrid entrega 45 bilhões de emails ao mês, para mais de 74 mil clientes, entre os quais Airbnb, Spotify, Uber e Hertz.

O sucesso do email se deve a diversos fatores.

O primeiro é que, como a web, é um dos poucos padrões abertos que restam. Ninguém exerce controle sobre ela, e nenhuma empresa pode se interpor entre o remetente e o destinatário.

Outro fator é a crescente consciência de que a mídia social pode não ser especialmente boa para a nossa saúde mental e a nossa democracia, o que levou muitos usuários a reduzir seu tempo de acesso ou abandonar esse tipo de mídia completamente.

As coisas que motivam as pessoas a assinar listas de email e ler as mensagens são muito diferentes daquelas que as motivam na mídia social.

Criadores, especialmente jornalistas, também estão se voltando ao email como veículo para sua produção.

“Que outra tecnologia usamos a cada dia e não requer regras de uso?”, diz Craig Mod, ensaísta que afirmou que um dos caminhos futuros para os livros poderia ser distribuição de capítulos via email.

TheSkimm, uma newsletter criada por dois antigos produtores de notícias televisivas, tem 7 milhões de assinantes e recentemente arrecadou US$ 12 milhões (R$ 44,1 milhões) em capital do Google Ventures e outros investidores.

Na Substack, uma startup distribuição de notícias por email lançada em outubro de 2017, o jornalista Judd Legum produz um boletim diário sobre política.

Segundo ele, 37 mil assinantes recebem a versão gratuita da publicação, mas há uma pequena minoria de leitores que pagam US$ 5 (R$ 18) ao mês por uma versão premium.

Mesmo depois da parcela da Substack, Legum consegue obter uma renda confortável.

A tecnologia subjacente do email não muda há décadas, o que é tanto vantagem quanto desvantagem.

O programa de email médio é “um navegador 1.0 da era anterior à web”, disse Christopher Best, presidente-executivo da Substack.

Isso o livra de irritantes vídeos autoexecutáveis.

O amor continuado pelo email não vai derrubar a máquina de gerar dinheiro que os serviços de busca e de mídia social representam.

“O mundo está distribuído de maneira não muito densa por diferentes apps e aparelhos, e por isso é preciso ter presença na mídia social, sites de vídeo ou serviços de busca pagos —tudo isso ao mesmo tempo”, disse Bill Chestnut, cofundador e presidente-executivo da Mail Chump.

Mas os anunciantes e qualquer outro interessado em chegar ao público cometeriam um erro ao ignorar o email.

Se você precisa escolher entre criar um boletim via email ou um chatbot, considere o seguinte: apps de chat são uma forma garantida de obter a atenção das pessoas, em aparelhos móveis, mas requerem resposta imediata.

Enquanto isso, a probabilidade maior é a de que consumamos emails também em nossos aparelhos móveis, mas quando nos convêm.

Isso faz do email o perfeito companheiro para leitura lenta em um aparelho que de outra forma que demanda atenção constante.

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